Existem 11 marcas no mundo que podem chamar à sua cerveja “Trappist“. Uma delas está na Holanda e chama-se La Trappe. Existe apenas outra cerveja Trappist na Holanda que se chama Zundert, sendo que a grande maioria tem produção na Bélgica.
E o que é preciso acontecer para uma cerveja se chamar Trappist? Três coisas:
- ser feita dentro das paredes de uma abadia de uma ordem monástica Trapista;
- sob a orientação directa dos monges; e
- os lucros servirem para o sustento da ordem e o remanescente ser distribuído para uma boa causa.
Este fim-de-semana, fomos passear até à cidade de Tilburg e pedálamos até à Abadia de Onze Lieve Vrouw van Koningshoeven para ver como se faz e provar in loco, esta cerveja feita por monges.
Conseguimos entrar num grupo de uma visita guiada, mesmo sem termos reservado dois lugares, o que foi uma sorte, mas que acabou por resultar bem. Um guia Holandês super simpático e bem disposto levou-nos pelos recantos da produção da La Trappe e pela história desta ordem religiosa.
Trapista é um “apelido” da “Ordem Cisterciense da Estrita Observância”. Este apelido nasceu do facto de que primeiro mosteiro desta ordem foi a Abadia de La Trappe em França, de onde mais tarde se espalhou a congregação de religiosos para outros locais.
Na Holanda, a cerveja é feita desde o século XIX até aos dias de hoje, quando um conjunto de monges foi forçado a sair do mosteiro em França, e observando a regra “Ora et Labora“, de auto sustentabilidade do seu trabalho e austeridade, começaram a produzir e a vender cerveja. Hoje em dia vivem 22 monges nesta Abadia.
A La Trappe é uma cerveja que se pode encontrar um pouco por toda a Holanda, desde bares a supermercados, mas que comparativamente com as grandes marcas comerciais produz pouco.
Não conhecia a história da cerveja Trappist, mas certamente que depois de 45 minutos a passear e a ouvir as histórias dos diferentes espaços da Abadia, o copo de cerveja que nos ofereceram no fim soube a mel!
Podia-se escolher de todos os tipos de La Trappe que são produzidos. Acabámos por escolher a cerveja branca, uma vez que é a única “cerveja branca trappist“ que existe no mundo, uma vez que mais nenhuma das Abadias no mundo a produz.
O nosso guia fez por várias vezes a piada, que beber um copo de La Trappe ao final do dia não só contribuiu para o nosso relaxamento, mas também ajuda uma boa causa e a preservação de uma tradição, portanto estejam seguros que beber uma cerveja La Trappe é sinónimo de experiência totalmente guilt free/ sem remorsos possíveis.
A envolvente da Abadia também é muito bonita e vale a pena ser apreciada. A abadia propõe vários tours de bicicleta a partir da abadia que passam em bosques e cafés e que vendem seguramente La Trappe :)
Como visitar? Toda a informação necessária aqui!
Muito interessante! Realmente, ao ler estes posts, apercebo-me que vivo aqui na Bélgica há três anos, mesmo na fronteira com a Holanda, e não conheço quase nada de nenhum dos países!
Tenho a certeza que conheces muitaaaasss coisa das Bélgica e arredores, mas se calhar já te habituaste a elas, e não te parecem grande novidade :)
Olha que não, viajo muito pouco! Mas quero ver se mudo isso! :)
Agora dá vontade de ir a Tilburg fazer uma visita :D
Concordo! :)
Adorei a dica, vou lá fazer esse passeio!
Eu aconselho! Sobretudo num dia ameno com algum sol, porque as redondezas são muito bonitas!
Que ótimo relato! Viistei a La Trappe em agosto e adorei, pena que não cheguei a tempo da visita! Vou contar no meu blog como foi também! Abraços.
Olá Paulo! Vou ter mais umas propostas brevemente. O blog está um pouco parado, mas espero sempre recomecar e força! Vou espreitar o seu blog ;)
Boa tarde, estou no Rio, viajei algumas vezes, mas ainda não Holanda nem Belgica. Gostaria muito de conhecer não somente o local, monges patrióticos. Mas tb suas cervejas.. .uma vez ganhei apenas uma, gostei muito. Gostaria de saber onde encontro aqui no Brasil ou me s lo como faço, site, email para compra las ai do Mosteiro? Via internet