Holanda, Bélgica, Luxemburgo e um pulinho à Alemanha. E voltar. Em menos de dois dias de viagem de carro, cheios de natureza e de paisagens que transitaram das planícies da Holanda até às montanhas e vales do Luxemburgo. Paisagens vistas a pelo menos 120 km hora, limitadas pela urgência que estas viagens de trabalho implicam. Sempre uma luta perdida contra o tempo que não temos.
Nevou na segunda-feira à noite, e na manhã seguinte, estava tudo branco. Não via neve deste o primeiro ano que vim viver para a Holanda. Consegui ver um bambi bem ao longe, só porque o branco da neve o destacava.
Ao chegar a Luxemburgo, sintonizei a rádio Portuguesa local e descobri músicas Portuguesas que nunca tinha ouvido antes. Até então a rádio era um contínuo rodopiar de línguas que não domino bem: francês, holandês/ flamenco e alemão. Os locutores da rádio Latina dedicavam músicas a pessoas, cujos nomes me soavam totalmente familiares e completamente Portugueses, mas cujas moradas soavam a um sítio estranho e exótico. Uma outra realidade ouvida a pelo menos 120 km por hora, analisada de forma curta, mas que me pareceu totalmente diferente da Holandesa.
Não é só a língua, os vales e as montanhas e o clima que é diferente, para uma Portuguesa a viver na Holanda comparativamente ao Luxemburgo. Há algo mais, que não dá para pôr em palavras, numa visita de menos de 24 horas pelas estradas no Benelux.