Marinus van der Lubbe, um jovem comunista holandês, que tinha chegado recentemente à Alemanha para realizar seu sonho de se envolver mais activamente em atividades políticas, foi apanhado na cena do crime.
A 28 de Fevereiro de 1933, o Reichstag, o parlamento Alemão, estava a vir abaixo em chamas.
Marinus admitiu iniciar o fogo, após tortura, e foi condenado à guilhotina.
O fogo foi usado como a prova fundamental pelos nazis que os comunistas estavam a conspirar contra o governo alemão. O evento é visto hoje em dia como fundamental no estabelecimento da Alemanha nazi.
O pobre rapaz de Leiden, de quem se conta sempre ter tido um fascínio pelo fogo, foi o alibi necessário, para mover a opinião pública numa das direcções mais tenebrosas da humanidade. A técnica é intemporal, basta pensar nuns quantos casos recentes. Infelizmente a maioria de nós, só a vê com clareza, depois de alguma distância histórica e depois de habilmente manipulados.
Hoje em dia, percebe-se que o grande edíficio do Reichstag em Berlim, renasceu das chamas, tenham elas sido ou não colocadas pela mão do incendiário Holandês.
A sua cúpula toda em vidro é um expoente máximo da grandiosidade funcional alemã. Nenhum pormenor é deixado ao acaso. O vidro reflecte, aquece e ilumina. A abertura colhe água, refresca e areja.
Dá para perceber que tenho andando pela Alemanha, mas sempre com um olho na (minha) Holanda?
[…] tido oportunidade de fazer esta visita guiada ao Parlamento. No entanto, depois de ter visitado o Parlamento Alemão e ter contado a história do Incendiário Holandês no mês passado, não deixo de sentir alguma vergonha, ao confessar que nunca estive no Parlamento […]